OMS diz que não pode fornecer ajuda médica ao Líbano
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não pode fornecer ajuda médica ao Líbano devido ao fechamento quase total do aeroporto de Beirute, afirmou o diretor geral da agência, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, na quinta-feira.
De acordo com Ghebreyesus, desde a escalada das tensões no Oriente Médio, mais de 1.600 pessoas morreram no Líbano e mais de um milhão foram desalojadas pelo contínuo bombardeio israelense.
Ele acrescentou que a situação continua a piorar devido a problemas no setor de saúde. De acordo com ele, 37 instalações médicas já foram fechadas somente no sul do país, enquanto em Beirute três hospitais foram forçados a evacuar completamente a equipe e os pacientes, e outros dois parcialmente.
"Os profissionais de saúde e humanitários, incluindo a equipe da OMS, fizeram um trabalho incrível em condições muito difíceis e perigosas, com suprimentos limitados. No entanto, a assistência médica continua sendo atacada", disse, acrescentando que 28 profissionais de saúde foram mortos nas últimas 24 horas.
Nesse contexto, Ghebreyesus também informou que a organização havia planejado entregar uma grande remessa de ajuda médica ao país nesta sexta-feira. No entanto, "isso se mostrou impossível devido ao fechamento quase total do aeroporto de Beirute". "A OMS apela a todos os seus parceiros para que facilitem os voos para entregar ao Líbano os tão necessários suprimentos que salvam vidas", enfatizou.
Ajuda russa
Enquanto isso, sob as ordens do presidente russo Vladimir Putin, o Ministério de Emergências da Rússia entregou uma remessa humanitária ao aeroporto internacional de Beirute na quinta-feira. Um avião de transporte militar Il-76 entregou 33 toneladas de ajuda humanitária, incluindo alimentos, necessidades básicas, medicamentos e geradores de energia móveis. O Ministério enfatizou que pretende continuar seus esforços para fornecer ajuda humanitária ao povo do Líbano.