O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou na quarta feira fortemente o lançamento de cerca de 200 mísseis do Irã contra Israel que tinha ocorrido a noite da terça-feira.
"Como fiz em relação ao ataque iraniano em abril - e como deveria ter ficado óbvio ontem, no contexto da condenação que expressei -, mais uma vez condeno firmemente o ataque em massa com mísseis realizado ontem pelo Irã contra Israel", disse Guterres perante o Conselho de Segurança da ONU.
Ele acrescentou que o ato "não serviu para apoiar o povo palestino ou reduzir seu sofrimento", condenando Israel e o Hezbollah por meses de ataques transfronteiriços que violam a soberania libanesa e pediu um cessar-fogo imediato.
O chefe da organização também destacou a situação preocupante com refugiados, observando que milhões de pessoas foram obrigados a buscar abrigo.
"Persona non grata"
Os comentários do secretário-geral da ONU aparecem após o chanceler israelense, Israel Katz, ter criticado António Guterres por não "condenar inequivocamente" o ataque do Irã contra o território israelense, declarando ele "persona non grata" em Israel.
"Qualquer pessoa que não condene inequivocamente o ataque hediondo do Irã contra Israel, como quase todos os países do mundo fizeram, não merece colocar os pés em solo israelense", escreveu o ministro em sua conta no X, proibindo assim Guterres de entrar em Israel.