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Mais de 90% do desmatamento da Amazônia é para abertura de pastagem, afirma estudo

O estudo do MapBiomas revelou que a região perdeu 14% de vegetação nativa em 39 anos.
Mais de 90% do desmatamento da Amazônia é para abertura de pastagem, afirma estudoGettyimages.ru / Ricardo Beliel/Brazil Photos/LightRocket

Um estudo recente do MapBiomas revelou que mais de 90% do desmatamento da Amazônia é para abertura de pastagem. A pesquisa analisou imagens de satélite entre 1985 e 2023 e constatou que a área de pastagem na Amazônia cresceu 363%, passando de 12,7 milhões de hectares para 59 milhões de hectares.

A região conhecida como Amacro, que inclui os estados do Acre, Amazonas e Rondônia, foi a mais afetada, com uma expansão de 11 vezes na área de pastagem. Além disso, 13% da perda líquida de vegetação nativa da Amazônia ocorreu nessa região.

O estudo também mostrou que a agricultura cresceu 47 vezes na Amazônia entre 1985 e 2023, com a área agrícola passando de 154 mil hectares para 7,3 milhões de hectares. A soja é a principal cultura, respondendo por 80,5% do total.

A Amazônia perdeu 14% de vegetação nativa em 39 anos, com 55,3 milhões de hectares de área vegetação nativa perdidos. A formação florestal foi o tipo de cobertura da terra que mais perdeu área nesse período, passando de 336 milhões de hectares em 1985 para 285,8 milhões de hectares em 2023.

Os estados com maior cobertura de vegetação nativa são Amazonas e Amapá, com 95% cada, e Roraima, com 93%. A área de vegetação secundária vem crescendo a uma média de 0,55 Mha/ano e já responde por 2% da vegetação nativa do bioma.