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Nebenzia: "Israel não agiria de forma tão descarada sem a proteção dos EUA"

O representante da Rússia na ONU condenou os ataques de Israel ao Líbano, e critica a inação do Conselho de Segurança da ONU devido à proteção dos EUA.
Nebenzia: "Israel não agiria de forma tão descarada sem a proteção dos EUA"russiaun.ru

A região do Oriente Médio está "literalmente entrando em uma nova grande guerra" sob nossos olhos, e o Conselho de Segurança da ONU permanece inerte, já que Israel conta com a proteção dos Estados Unidos, afirmou o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzia, nesta quarta-feira.

"Israel não teria agido de maneira tão descarada e desrespeitosa ao direito internacional se não fosse pela proteção incondicional e contínua dos Estados Unidos", disse Nebenzia.

Ele também destacou que 14 dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU já teriam tomado medidas há muito tempo para obrigar as partes a um acordo de paz, salvando assim milhares de vidas de mulheres, crianças e idosos inocentes.

O diplomata ressaltou que a operação militar israelense em Gaza continua, apesar dos apelos da comunidade internacional para sua interrupção. Ele apontou que a "espiral de violência" agravou a situação nas fronteiras libanesa-israelense, no Iêmen e no Mar Vermelho. Ao invés de optar pela diplomacia, Israel decidiu resolver suas questões pela força, afirmou.

"E seus cúmplices americanos estão apoiando isso, paralisando o trabalho do Conselho de Segurança", criticou Nebenzia, acrescentando que o Líbano se tornou "uma nova vítima da máquina de guerra israelense".

Ele explicou que, após uma série de assassinatos políticos, como a morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de outros líderes contrários a Israel, o Irã, que havia demonstrado contenção por dois meses, também entrou no conflito.

"A Rússia condena fortemente o ataque ao Líbano e apela para que Israel cesse imediatamente as ações militares e retire suas forças do território libanês", disse Nebenzia, enfatizando que seu país não vê justificativa para mais mortes de civis.