Irã pede que os EUA "se afastem e não interfiram" após ataque a Israel

"A República Islâmica não busca aumentar a tensão ou a guerra, embora não as tema", disse o ministro das Relações Exteriores, Seyed Abbas Araghchi.

O Irã pediu que os Estados Unidos "se afastem e não interfiram" após o ataque massivo contra Israel na terça-feira, afirmou o chanceler iraniano, Seyed Abbas Araghchi, citado pela agência de notícias Tasnim.

Em declarações nesta quarta-feira, Araghchi afirmou que não houve troca de mensagens com Washington antes do lançamento do míssil.

Após o ataque iraniano, "enviamos um aviso através da Suíça, informando aos americanos de que era nosso direito de autodefesa e que não tínhamos intenção de continuar. Também alertamos aos EUA para que se afastem e não interfiram", destacou.

Em uma conversa telefônica anterior com seus colegas britânicos, alemães e franceses, Araghchi disse que Teerã manteve uma postura moderada diante dos "ataques terroristas" do regime sionista por mais de dois meses.

No entanto, segundo ele, o "belicismo" em Gaza e sua "expansão para o Líbano" levaram Teerã a exercer seu direito de autodefesa. O chanceler enfatizou que foram atingidas "exclusivamente bases militares e de segurança".

"A operação foi concluída, mas se o regime sionista tentar retaliar, nossa resposta será mais severa. A República Islâmica do Irã não busca aumentar as tensões ou a guerra, embora não as tema", afirmou o ministro.