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Brasil inicia operação de resgate de cidadãos residentes do Líbano

As autoridades expressaram forte preocupação com a possível intensificação e prolongamento dos bombardeios.
Brasil inicia operação de resgate de cidadãos residentes do LíbanoGettyimages.ru / Anadolu

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou na segunda-feira que a Força Aérea Brasileira iniciará uma operação nesta semana para resgatar cerca de 3.000 brasileiros que vivem no Líbano.

Por enquanto, a Embaixada do Brasil em Beirute está em contato com a comunidade brasileira tomando medidas necessárias para viabilizar a operação.

A mídia local informa que, para realizar as primeiras transferências, as autoridades estabeleceram critérios de priorização, tendo em vista a perspectiva de que o bombardeio da capital libanesa e de outras áreas no sul do país se intensifique e continue indefinidamente, como já aconteceu na Faixa de Gaza.

Na madrugada desta terça-feira, tropas israelenses realizaram incursões no Líbano e bombardeios aéreos ao sul de Beirute. Enquanto isso, os EUA anunciaram o envio de milhares de soldados para o Oriente Médio.

Primeiras vítimas

A primeira vítima foi identificada como Myrna Raef Nasser, uma jovem de Santa Catarina, de 16 anos, atingida por uma bomba no dia 23 de setembro, na casa que dividia com os pais e três irmãos.

Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, e seu pai, Kamal Abdallah, foram mortos em um ataque aéreo na cidade de Kelya, nos arredores de Beirute. O jovem nasceu no Paraná e também tinha nacionalidade paraguaia.

"Ao expressar à família as mais sentidas condolências, o governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades", diz um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores.

Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Lula ressaltou que "a humanidade não pode conviver e aceitar normalmente o que está acontecendo em Israel, na Faixa de Gaza, no Líbano e na Cisjordânia ocupada", e pediu aos países que apoiam o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu que "façam um esforço maior" para impedir o "genocídio" contra os palestinos em Gaza.