Israel teria mudado seus planos e decidido reduzir o escopo de sua operação terrestre no Líbano após "extensas conversas" com autoridades norte-americanas no fim de semana, informou a NBC News na segunda-feira, citando autoridades norte-americanas.
O objetivo da incursão limitada seria afastar as forças do grupo xiita Hezbollah da fronteira israelense e atingir sua infraestrutura, incluindo arsenais, afirmaram as autoridades. Além disso, a ofensiva teria duração limitada: vários dias, em vez de semanas, declararam, acrescentando que o escopo geográfico também seria limitado.
Uma das autoridades dos EUA revelou ao canal que Israel já iniciou operações de sondagem, incluindo missões terrestres de pequena escala com suas forças especiais. Também enviaram engenheiros de combate e outras tropas para missões como abertura de brechas. Além disso, as Forças de Defesa de Israel (FDI) têm atualmente cerca de cinco brigadas posicionadas na linha de frente, mas não se espera que todas elas cruzem a fronteira, informou a autoridade.
O país havia planejado originalmente uma invasão em maior escala, mas após as autoridades norte-americanas solicitarem uma reconsideração, decidiu reduzir a escala. No entanto, a Casa Branca estaria preocupada com a possibilidade de a missão ser ampliada, disse um funcionário do governo do presidente Joe Biden, acrescentando que o mandatário continua a pressionar por um cessar-fogo.
As Forças de Defesa de Israel anunciaram nesta terça-feira que iniciaram operações terrestres "limitadas" contra alvos do movimento xiita libanês Hezbollah, localizados na área da fronteira sul do Líbano. "De acordo com a decisão do escalão político, as FDI iniciaram há algumas horas incursões terrestres limitadas, localizadas e seletivas, com base em inteligência precisa, contra alvos e infraestrutura terroristas do Hezbollah", declararam, acrescentando que "esses alvos estão localizados em aldeias próximas à fronteira e representam uma ameaça imediata às comunidades israelenses" no norte do país.