O presidente dos EUA, Joe Biden, destinou no domingo US$ 567 milhões para ajuda militar a Taiwan, segundo a página oficial da Casa Branca. O financiamento inclui serviços e outros artigos de defesa, além de formação e treinamento militar.
A ajuda ocorre em meio às tensões contínuas com a China, que considera Taiwan parte integrante de seu território e defende o princípio de "Uma só China". Na quinta-feira, as autoridades de Taiwan anunciaram planos para intensificar a preparação militar e a capacidade de resposta diante de um possível conflito armado, com foco especial no envolvimento da população civil na defesa da ilha para "dissuadir um inimigo que se aproxima".
Na semana passada, os EUA enviaram um destróier à China, cujo navio militar cruzou pela primeira vez o Estreito de Taiwan junto com as Marinhas da Austrália e da Nova Zelândia. A mídia japonesa também noticiou sobre os exercícios militares conjuntos dos EUA e Japão programados para o fim de outubro.
Cooperação entre EUA e Taiwan
Embora os EUA não reconheçam oficialmente a independência de Taiwan, mantêm relações especiais com o arquipélago.
Entre 1954 e 1979 vigorou entre EUA e Taiwan o "Tratado de Defesa Mútua", no qual os norte-americanos eram obrigados a defender a ilha. Hoje, de acordo com a Lei de Relações com Taiwan de 1979, os EUA devem fornecer "artigos e serviços de defesa em quantidade necessária para permitir que Taiwan mantenha uma capacidade de autodefesa suficiente".
Em dezembro de 2022, os EUA aprovaram a Lei de Resiliência Aprimorada de Taiwan, que resultou no primeiro grande pacote de financiamento militar para Taiwan em 2023, no valor de US$ 345 milhões, provocando críticas da China.