Israel pediu aos EUA para tomar medidas impedindo que o Irã lance um ataque em resposta ao assassinato do líder máximo do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do vice-chefe de operações da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, general Abbas Nilforo, informou o portal Axios na sexta-feira. Ambos foram mortos em decorrência de um ataque do país judeu.
"O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, pediu aos EUA que tomassem medidas operacionais e fizessem declarações públicas para impedir que o Irã lançasse um ataque contra Israel", disseram autoridades norte-americanas e israelenses ao veículo.
Ao mesmo tempo, o canal citou o descontentamento da Casa Branca pelo fato de Tel Aviv ter lançado o ataque aéreo maciço que matou Nasrallah sem aviso prévio a Washington, apesar de apoiar a ação. "Nasrallah era um cara mau, mas é frustrante que os israelenses estejam fazendo isso sem nos consultar e depois nos pedindo para resolver o problema quando se trata de dissuadir o Irã", comentou uma autoridade.
Paralelamente, outra autoridade dos EUA argumentou que "Nasrallah tem sangue em suas mãos", mas o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, não vê como a estratégia "whack-a-mole" de Israel ajudará no quadro estratégico mais amplo.
No mesmo contexto, uma autoridade dos EUA observou que a maior prioridade de Washington agora é "impedir uma invasão terrestre israelense no Líbano, bem como impedir o envolvimento direto do Irã nos combates e chegar a uma solução diplomática que permita que os civis de ambos os lados da fronteira entre Israel e Líbano voltem para suas casas".