Os planos de fornecimento de ajuda militar para a Ucrânia enfrentam riscos devido à falta de recursos entre alguns apoiadores do governo de Kiev e à hesitação de outros, informou a agência de notícias Bloomberg na sexta-feira, citando uma fonte familiarizada com o tema.
Segundo a reportagem, as principais nações ocidentais estão lidando com situações que dificultam o envio de armas e munições para a Ucrânia. Nos Estados Unidos, a possibilidade de reeleição de Donald Trump, que promete cortar a ajuda e resolver o conflito "em 24 horas", gera incertezas. Alemanha, França e Itália também enfrentam desafios econômicos e políticos internos que os afastam da questão ucraniana. Além disso, o Reino Unido, um dos principais doadores à Ucrânia, reduziu sua assistência, conforme revelou um funcionário à Bloomberg.
Assistência insuficiente
A agência ressalta que a maior parte da assistência militar prevista para 2025 está atrelada a um empréstimo de US$ 50 bilhões que os países do G7 pretendem obter a partir dos lucros de ativos russos congelados, mas esse acordo ainda não foi definitivamente fechado.
A Bloomberg enfatiza que, mesmo que o acordo seja assinado, US$ 50 bilhões não serão suficientes para atender às demandas da Ucrânia durante mais um ano de conflito, especialmente com a Rússia aprimorando suas capacidades militares.
- Esses alertas surgem pouco depois de o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, afirmar que as forças armadas da Ucrânia dependem "em mais de 80%" da ajuda ocidental. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos autorizaram a liberação de US$ 8 bilhões em assistência, embora não tenham se mostrado convencidos com o "plano de vitória" apresentado por Zelensky.
- Anteriormente, a revista The Economist advertiu que, se a Ucrânia e seus aliados não elaborarem um novo plano mais realista, o país poderá ser derrotado.