O ex-presidente dos EUA e candidato republicano, Donald Trump, declarou na quinta-feira, em Nova York, que não descarta a possibilidade de assinar um novo acordo nuclear com o Irã, caso vença as eleições presidenciais de novembro.
"Claro que faria isso", afirmou Trump em coletiva de imprensa, ao ser questionado sobre um possível acordo com o Irã. "Precisamos fazer um acordo, pois as consequências são enormes. Temos que chegar a um entendimento."
Em paralelo, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, anunciou na segunda-feira que o país está disposto a "iniciar uma nova rodada de negociações sobre a questão nuclear" durante a sessão da Assembleia Geral da ONU, desde que "o outro lado esteja preparado" para retomar o diálogo sobre o programa nuclear iraniano.
Perigo iraniano
Na quarta-feira, Trump escreveu no X (antigo Twitter) que o Irã o havia ameaçado de morte, o que levou ao aumento de sua segurança.
No dia seguinte, na quinta, o candidato republicano reforçou que, se fosse presidente, "explodiria em pedaços" qualquer país que ameaçasse um candidato presidencial ou ex-presidente dos EUA, referindo-se diretamente ao Irã.
Acordo nuclear
O Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPoA) foi firmado em 2015 entre o Irã, o Grupo 5+1 (Reino Unido, China, França, Rússia, EUA e Alemanha) e a União Europeia, impondo limites rigorosos ao programa nuclear iraniano em troca do alívio de sanções ocidentais.
Três anos depois, o então presidente Trump retirou os EUA do acordo e restabeleceu sanções econômicas contra o Irã.
Desde então, um novo acordo não foi alcançado, com ambas as partes se acusando mutuamente de não cumprir o plano original.