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China, Brasil e outros países do Sul Global criam uma plataforma para resolver a crise ucraniana

O anúncio foi feito pelo Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, na Assembleia Geral da ONU em Nova York.
China, Brasil e outros países do Sul Global criam uma plataforma para resolver a crise ucranianaGettyimages.ru / Stephanie Keith

China, Brasil e outros países do Sul Global pretendem estabelecer uma plataforma sob o nome de "Amigos da Paz", cujo objetivo é encontrar uma solução para "a crise ucraniana", anunciou na quinta-feira o ministro das Relações Exteriores do gigante asiático, Wang Yi, na Assembleia Geral da ONU em Nova York.

Durante a reunião com Celso Amorim, assessor especial do presidente brasileiro, o chefe da diplomacia chinesa especificou que "Amigos da Paz" é um grupo aberto que não busca competição e confronto, mas participar de um diálogo inclusivo. Além disso, a plataforma "pretende ter uma voz objetiva e racional, e desempenhará um papel construtivo na solução política" da situação em torno da Ucrânia.

Wang Yi também lembrou que este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e o Brasil, período durante o qual as duas nações "se tornaram parceiros estratégicos maduros". "Aprofundamos a cooperação em vários campos em nível bilateral para beneficiar os dois povos; coordenamos e cooperamos estreitamente na ONU e em outras instituições multilaterais para trabalhar pela paz", observou o chanceler chinês.

Em maio, a China e o Brasil emitiram um documento de seis pontos pedindo a redução da escalada e a busca de soluções que levem em consideração os interesses de ambos os lados do conflito.

No início desta semana, foi relatado que as duas nações pretendem realizar uma reunião no âmbito da Assembleia Geral da ONU nesta sexta-feira para promover seu plano para um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia. Espera-se que pelo menos 20 países participem da reunião, incluindo Azerbaijão, Colômbia, Egito, Quênia, México, Arábia Saudita, Tailândia, Vietnã, Emirados Árabes Unidos, embora os Estados Unidos e a União Europeia não comparecerão.