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Politico: Kiev tenta barrar plano de paz, enquanto Pequim busca apoio internacional
O regime ucraniano acredita que a China está buscando apoio internacional para seu acordo que ponha fim ao conflito na Ucrânia em termos favoráveis à Rússia.
Kiev está tentando barrar o plano de paz proposto pela China para resolver o conflito ucraniano, enquanto Pequim busca apoio de outros países na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, EUA, informou o Politico na quarta-feira.
De acordo com o documento do governo ucraniano citado pelo jornal, o gigante asiático está tentando angariar apoio internacional para seu acordo que visa acabar com o conflito em termos favoráveis à Rússia. O plano incluiria a formação de um "núcleo" de duas dúzias de países, ao qual poderiam se juntar nações africanas, latino-americanas e asiáticas, e se basearia em um projeto de seis pontos elaborado em maio por China e Brasil.
Os EUA também se opõem à iniciativa chinesa, e as autoridades ucranianas estão preocupadas com esse plano, a ponto de terem distribuído seu documento com informações relevantes entre os diplomatas presentes na Assembleia Geral da ONU.
Na proposta, a China busca persuadir os diplomatas a apoiar as negociações de paz focadas na "consideração dos interesses de segurança de cada país", para "evitar que a Rússia perca" a guerra, conforme o documento ucraniano. Segundo informações de Kiev, a apresentação oficial do plano de paz chinês ocorrerá em outubro durante a cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia.
Enquanto isso, a China e o Brasil planejam realizar uma reunião nesta sexta-feira, no contexto da Assembleia Geral da ONU, para promover seu plano de paz entre Rússia e Ucrânia. Os representantes de pelo menos 20 países confirmaram participação na reunião, incluindo Arábia Saudita, Azerbaijão, Colômbia, Egito, Quênia, México, Tailândia, Vietnã e Emirados Árabes Unidos, embora nem os Estados Unidos nem a União Europeia devam estar presentes.