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"Muito perigoso": revisão da doutrina nuclear russa deixa EUA apreensivos
As mudanças na doutrina nuclear da Rússia forçam a OTAN a repensar apoio à Ucrânia, afirma ex-tenente-coronel dos EUA.
A decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de alterar os termos para o uso de armas nucleares obriga os países da OTAN a reavaliar sua postura em relação ao conflito ucraniano, afirmou o tenente-coronel reformado das Forças Armadas dos EUA, Daniel Davis, durante uma transmissão em seu canal no YouTube.
Davis ressaltou que esse movimento da Rússia coloca o Ocidente diante de um difícil dilema: continuar apoiando o regime ucraniano no conflito, correndo o risco de provocar o uso de armas nucleares táticas, ou desistir do apoio à Ucrânia.
"A Rússia está dizendo aos países da OTAN com esse movimento: afastem-se ou usaremos armas nucleares. E não acho que sejam ameaças vazias", alertou o especialista.
"Posso dizer com certeza absoluta: a grande maioria dos cidadãos dos Estados Unidos ou de qualquer país europeu dirá que não quer se envolver nisso e sacrificar suas vidas", concluiu sua análise ao comentar a visão da população norte-americana.
- Em 25 de setembro, o presidente russo anunciou que pretende introduzir uma série de termos na doutrina nuclear do país, especificamente em relação ao uso de armas nucleares;
- "Todos as termos foram minuciosamente examinados, e são proporcionais às ameaças e riscos militares modernos enfrentados pela Federação Russa", resumiu Putin.