A TEPCO, operadora da usina nuclear de Fukushima, iniciou nesta quinta-feira mais uma descarga de água radioativa no mar, acumulada na usina após o acidente. Este é o quinto descarregamento realizado neste ano fiscal e o nono no total.
A operadora pretende liberar cerca de 7.800 mil toneladas de água até meados do próximo mês, uma quantidade similar às liberações anteriores.
Antes de cada descarga, a água passa por um tratamento para remover o máximo possível de substâncias radioativas, mas o trítio, que não pode ser eliminado, ainda permanece. A empresa dilui a água para reduzir a concentração dessa substância.
Em comunicado divulgado na terça-feira, a TEPCO informou que a água tratada atende aos critérios de descarte, com uma concentração de trítio de 280 mil becquerels por litro, abaixo do limite de um milhão de becquerels por litro. Outros nuclídeos foram considerados insignificantes, com 38 detectados ao todo.
A empresa alertou que, no futuro, a concentração de trítio na água tratada poderá superar 300 mil becquerels por litro. "Continuamos monitorando a concentração de trítio na água do mar para garantir que, após a diluição, esteja abaixo de 1.500 becquerels por litro, mantendo a segurança e estabilidade no descarte", afirmou.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece um limite de 10 mil becquerels por litro para água potável. Apesar da confiança na segurança dos peixes nas águas de Fukushima, a Rússia mantém a proibição da importação de produtos marinhos do Japão. A China, por sua vez, planeja retomar as importações gradualmente, após um recente acordo com Tóquio que inclui o monitoramento independente da água contaminada.