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Brasil tenta retomar plano de paz para conflito ucraniano

Celso Amorim procurará o apoio de representantes de 20 países do Sul Global para essa iniciativa, segundo a Reuters, citando fontes do Itamaraty.
Brasil tenta retomar plano de paz para conflito ucranianoGettyimages.ru / dabldy

Nesta sexta-feira, o Brasil apresentará aos países do Sul Global seu plano conjunto com a China para resolver o conflito na Ucrânia, de acordo com informações da mídia local.

Segundo a agência Reuters, que cita uma fonte do Itamaraty, o principal assessor de política externa do presidente brasileiro, Celso Amorim, buscará o apoio de representantes de vinte países para a iniciativa.

"Queremos ouvir o que esses países podem oferecer, criar uma massa crítica e considerar esses pontos", disse um diplomata brasileiro citado pela agência.

Espera-se que representantes do México, Colômbia, Indonésia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, África do Sul e Egito, entre outros, participem da reunião em Nova York.

A publicação observa ainda que os Estados europeus não estarão presentes, mas que "muitos países, incluindo os europeus, estão dispostos a ouvir".

Durante seu discurso na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU em Nova York, na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu um plano de conversações entre Rússia e Ucrânia para pôr fim ao conflito.

Propostas do plano de paz sino-brasileiro para a Ucrânia 

Em maio, Brasil e China elaboraram uma declaração conjunta, estabelecendo um caminho para o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia.

O documento apresenta seis pontos e enfatiza que, para Brasília e Pequim, as negociações são a única solução viável para a crise ucraniana.

Brasil e China pedem que os dois países envolvidos sigam três princípios para reduzir a escalada do conflito: não expandir a área de hostilidades; não intensificar os combates; e evitar provocações.

O documento também destaca a necessidade de ampliar a ajuda humanitária às regiões afetadas para evitar uma crise humanitária maior. Além disso, também defende que "ambos os lados apoiem a troca de prisioneiros" e rejeitem ataques à infra-estrutura civil.