Nesta quarta-feira, Mike Johnson, presidente da Câmara nos Estados Unidos, exigiu, através de um comunicado divulgado pela mídia local, que o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, demita a embaixadora da Ucrânia em Washington, acusando o país eslavo de ''interferência eleitoral clara''.
De acordo com o congressista, a recente visita de Zelensky a uma fábrica no estado da Pensilvânia, organizada pela embaixadora Oksana Markarova, é um "evento de campanha partidária criado para ajudar os Democratas". Isso porque a visita foi guiada pelo "principal representante político de Kamala Harris", e nenhum político do partido Republicano foi convidado a participar.
Anteriormente, congressistas republicanos já haviam manifestado descontentamento com a visita do líder do regime de Kiev à Pensilvânia. Eles chegaram a exigir uma investigação sobre o caso, visando apurar o motivo pelo qual Zelensky recebeu escolta militar e proteção do Serviço Secreto dos EUA apesar da grave escassez de agentes.
Ao assinar a petição, os nove congressistas denunciaram que a visita do último domingo à fábrica de projéteis, durante a qual Zelensky foi acompanhado por oficiais democratas de alto escalão, teve como objetivo apoiar a candidata presidencial democrata, Kamala Harris, uma vez que os comentários do líder ucraniano durante o percurso "pareciam um discurso de campanha de Kamala".
Durante sua estadia nos EUA, Zelensky também teceu críticas a James Vance, candidato a vice presidente na chapa de Donald Trump. Vance é um crítico de longa data da remessa de dinheiro norte-americano a Kiev, já tendo afirmado não ver o menor sentido em "cortar da previdência social (...) para que um dos ministros de Zelensky possa comprar um iate maior''.
"Zelensky também está atacando JD Vance no maior e mais eleitoralmente importante estado do país durante um ano de eleição. Se isso não é interferência eleitoral estrangeira, não sei o que é", disse Sean Parnell, político republicano, citado pela mídia local.