Matar comandantes não acabará com Hezbollah, afirma Irã

"As resistências palestina e libanesa terão a vitória final", afirmou o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, culpando os EUA pela escalada do conflito no Oriente Médio.

O assassinato de comandantes do Hezbollah não derrubará o grupo libanês, afirmou nesta quarta-feira o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, conforme relatado pela agência de notícias IRNA, após Israel ter realizado ataques contra membros de alto escalão do movimento xiita.

"Esses casos não são perdas que podem derrubar o Hezbollah, porque a força e a autoridade organizacional e militar do Hezbollah são muito maiores do que isso", declarou Ali Khamenei durante uma reunião em Teerã com combatentes veteranos e ativistas. A "resistência palestina e libanesa terá a vitória final", disse Khamenei, acusando Israel de matar civis por não conseguir derrotar seus inimigos.

Ao mesmo tempo, o líder supremo iraniano responsabilizou os Estados Unidos pela escalada do conflito no Líbano, após explosões de pagers e outros dispositivos eletrônicos ocorridas em 17 e 18 de setembro.

"Nesta batalha, o inimigo incrédulo e maligno possui o maior número de equipamentos, e os Estados Unidos estão por trás disso. Os norte-americanos afirmam que não têm conhecimento das ações dos sionistas e que não estão envolvidos nelas (...) Isso é contrário à realidade", argumentou o líder iraniano.

Anteriormente, durante a Conferência da Unidade Islâmica em Teerã, em 21 de setembro, Khamenei havia solicitado aos países islâmicos que reduzissem suas relações com Israel e destacou a necessidade de unir o mundo muçulmano no contexto de uma nova campanha militar israelense contra o Líbano.