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Rússia: "A nação ucraniana não está ameaçada por nada"
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A Rússia não está em guerra contra os ucranianos e continuará sua operação militar especial caso o Ocidente não permita a remoção pacífica do regime de Kiev, declarou o representante permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, durante um discurso em uma reunião do Conselho de Segurança da organização.
"Sempre respeitamos os ucranianos, são um povo irmão com quem temos laços históricos inquebráveis", destacou Nebenzia, conforme um comunicado divulgado nesta quarta-feira.
O diplomata também relembrou as declarações do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre a necessidade de "salvar o povo ucraniano".
"A nação ucraniana não está ameaçada por nada. Não estamos lutando contra ela. Estamos combatendo um regime criminoso que tomou o poder em Kiev e está levando seu povo ao desastre", afirmou Nebenzia.
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Além disso, o representante advertiu que, se os países ocidentais não permitirem "se livrar" desse "tumor cancerígeno", se referindo ao atual regime de Kiev, de maneira pacífica, a Rússia continuará sua operação especial até que os objetivos sejam alcançados militarmente.
Nebenzia reforçou que a Rússia sempre esteve disposta a viver em paz com a Ucrânia até que o país se transformou em um estado neonazista, russofóbico e com intenções de ingressar na OTAN.
O diplomata também pediu que Kiev adote parâmetros realistas para uma solução duradoura para a crise "o mais rápido possível", em vez de apostar em "planos de vitória" irrealistas. Ele acrescentou que o preço dessa bravata criminosa está sendo pago pelos cidadãos ucranianos.
O representante russo destacou ainda que, durante seus cinco anos no poder, Vladimir Zelensky levou o país à beira do abismo, entregando a Ucrânia para corporações ocidentais, destruindo a economia e mergulhando o país em uma profunda crise demográfica.