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Ex-deputado ucraniano: plano de Zelensky é convite para OTAN entrar em guerra

Para Oleinik, a adesão imediata da Ucrânia à OTAN, prevista no “Plano de Vitória” de Zelensky, provocaria o envolvimento direto da aliança no conflito, e por isso o Ocidente não aceitará tal plano.
Ex-deputado ucraniano: plano de Zelensky é convite para OTAN entrar em guerraGettyimages.ru / NurPhoto

"O primeiro ponto desse 'plano' é a adesão imediata da Ucrânia à OTAN enquanto o conflito ainda está em andamento e, assim, a aplicação do artigo quinto da carta da OTAN aos territórios controlados pela Ucrânia", explicou o ex-deputado do Parlamento ucraniano, Vladimir Oleinik, a repórteres russos.

O artigo quinto da aliança estabelece que "um ataque armado contra um ou mais membros na Europa ou América do Norte será considerado um ataque a todos", o que levaria à participação direta da OTAN no conflito de qualquer um de seus membros.

"Isso é um convite direto para que a OTAN entre na guerra, exigindo o abate de mísseis sobre o território ucraniano, a presença de forças armadas e outras medidas", afirmou Oleinik. Ele destacou que, em sua opinião, o Ocidente não aceitará essa proposta, pois "compreende que é um desafio muito sério".

Além disso, segundo a mídia, o ex-deputado declarou que tanto o "plano de paz" quanto o "plano de vitória" estavam "condenados ao fracasso" desde o início, por não terem sido acordados com os Estados Unidos. Oleinik considerou a proposta como uma "forma de chantagem" e afirmou que "não é assim que se faz um plano".

  • No início de setembro, em seu canal no Telegram, o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, anunciou que iria apresentar seu "plano de vitória" ao atual presidente dos EUA.

  • Em entrevista recente, Zelensky explicou que seu plano "não é sobre negociar com a Rússia", mas sim “fortalecer o exército ucraniano” para negociar com Moscou "em uma posição de força", diz. Em sua estadia nos EUA, o líder busca ampliar o apoio a seu país.