Bolívia exige justiça para o Sul Global na ONU
A chanceler boliviana, Celinda Sosa Lunda, em seu discurso na Cúpula do Futuro da ONU em Nova York na segunda-feira, enfatizou que os países do Sul Global, "que representam a maioria da população mundial", foram marginalizados dos "espaços globais de tomada de decisão".
Nesse sentido, a ministra exigiu equidade na futura governança global no âmbito do Pacto para o Futuro e pediu uma reforma "real e profunda" das estruturas multilaterais em favor das nações do Sul Global. "Em um mundo moderno, onde o Sul Global reúne o maior número de países e populações do mundo, as decisões multilaterais devem ser coletivas, em igualdade de condições, respeitando a soberania de todos os Estados", afirmou.
Além disso, a chanceler boliviana ressaltou que os compromissos assumidos com esse Pacto devem garantir a justiça climática e o desenvolvimento sustentável, bem como a construção de um modelo de desenvolvimento baseado no respeito à natureza e aos direitos de todos os povos.
Também propôs o fortalecimento das capacidades dos países do Sul Global em educação, desenvolvimento, tecnologia e infraestrutura, para que possam enfrentar os desafios futuros com independência e recursos próprios.
O Pacto para o Futuro prevê um plano de ação para enfrentar os "maiores desafios globais", com foco em cinco áreas principais: desenvolvimento sustentável; paz e segurança internacionais; ciência e tecnologia; juventude e gerações futuras.