Justiça argentina emite mandado de prisão internacional contra Nicolás Maduro

Anteriormente, Caracas solicitou a emissão de um mandado de prisão internacional para o presidente Javier Milei.

A justiça argentina ordenou, nesta segunda-feira, que o juiz federal Sebastián Ramos expedisse um mandato de prisão internacional contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro, a fim de dar prosseguimento a uma investigação por sua suposta responsabilidade em violações de direitos humanos. As informações são do jornal La Nación. 

A decisão segue uma ação judicial movida pela Clooney Foundation for Justice, uma organização não governamental presidida pelo ator norte-americano George Clooney e sua esposa Amal, uma advogada de direitos humanos que solicitou o inquérito contra Maduro.

De acordo com a mídia argentina, o caso contém acusações contra cerca de 30 autoridades venezuelanas, incluindo o Ministro das Relações Interiores, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, enquanto os demandantes diretos incluem o advogado Tomás Farini e o atual Ministro da Segurança de Buenos Aires, Waldo Wolff.

Ações de Caracas

A notícia chega no mesmo dia em que o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, aceitou o pedido do Ministério Público venezuelano para emitir um mandado de prisão contra o presidente argentino, Javier Milei; a secretária da presidência argentina, Karina Milei; e a ministra da segurança argentina, Patricia Bullrich.

O Ministério Público venezuelano está os investigando por supostamente terem cometido os crimes de "roubo agravado", "lavagem de dinheiro", "privação ilegal de liberdade", "simulação de um ato punível", "interferência ilegal", "desativação de uma aeronave" e "associação criminosa", em relação à retenção irregular de uma aeronave de propriedade da estatal Emtrasur que foi entregue aos EUA para destruição.

Nos últimos dias, o procurador-geral da Venezuela anunciou a abertura de outra investigação contra o governo argentino por supostas "violações de direitos humanos' cometidas no contexto da implementação do 'plano motosserra", com base, em sua opinião, em cortes prejudiciais à qualidade de vida da população "vulnerável", na "repressão policial" a protestos pacíficos de cidadãos e na negação dos crimes perpetrados pelo Estado durante a última ditadura militar.