"Guerra nuclear pode começar na mesma noite", alerta ex-oficial dos EUA

Um ataque com as armas ocidentais contra a Rússia torna a OTAN uma "parte legalmente plena do conflito", advertiu o ex-oficial norte-americano de inteligência das Forças Armadas.

Uma guerra nuclear global pode ser desencadeada na mesma noite em que Washington permitir que a Ucrânia ataque a Rússia com armas ocidentais, alertou nesta segunda-feira Scott Ritter, ex-oficial de inteligência das Forças Armadas dos EUA e ex-inspetor de armas da ONU no Iraque, em seu canal no YouTube, Dialogue Works.

Segundo Ritter, as Forças Armadas da Ucrânia não tem a tecnologia de criptografia dos EUA, que possibilita ataques com mísseis ocidentais de longo alcance. Nesse sentido, ele acredita que um ataque dessas armas contra a Rússia tornaria a OTAN uma "parte legalmente plena do conflito".

"Isso seria um ato de declaração de guerra. Nesse caso, o que poderia acontecer no futuro teria ocorrido naquela mesma noite: todos nós estaríamos mortos. É isso que estou tentando transmitir! Não é uma piada, não é um jogo, os russos não estão blefando", advertiu o analista.

O ex-oficial norte-americano destacou que, nesse cenário, a Rússia seria forçada a usar armas nucleares, e os EUA deveriam perceber que o conflito não se restringiria apenas à Europa.

Anteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou a repórteres que, se a OTAN decidir permitir que Kiev ataque o território russo, reconhecido internacionalmente, com armas de longo alcance, isso significaria que os países da aliança "estão em guerra com a Rússia".