O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, instou a OTAN no domingo, a demonstrar "mais coragem" no apoio à Ucrânia. Segundo a imprensa britânica, isso seria um aparente apelo para suspender as restrições ao uso de armas fornecidas pelo Ocidente em ataques ao interior do território russo.
"É um momento crítico para que os aliados que apoiam a Ucrânia mostrem coragem e ousadia, paciência e firmeza", declarou Lammy durante uma conferência do Partido Trabalhista em Liverpool.
O chanceler britânico acrescentou que há "uma discussão em tempo real entre os aliados" sobre como intensificar o apoio a Kiev no conflito contra a Rússia.
"Guerra direta"
No início de setembro, David Lammy, juntamente com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, visitou os Estados Unidos para discutir a ajuda à Ucrânia, incluindo a questão da autorização para o uso de mísseis ocidentais de longo alcance contra o território russo.
As negociações aparentemente não foram concluídas com sucesso, já que, no domingo, o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que ainda não tomou uma decisão sobre essa questão.
Em 13 de setembro, o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzia, advertiu que a permissão para atacar o território russo com armas da OTAN significaria uma "guerra direta" entre a aliança e a Rússia.