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Israel teria matado membro de alto escalão do Hezbollah em bombardeio em Beirute

Além da provável morte do membro do Hezbollah, o ataque israelense matou cinco crianças, informou a imprensa libanesa.
Israel teria matado membro de alto escalão do Hezbollah em bombardeio em BeiruteUS Department of States

Um ataque israelense ao bairro de Dahiyeh, em Beirute, capital do Líbano, teria resultado na morte de Ibrahim Aqil, um comandante de alto escalão da unidade de elite Radwan, do Hezbollah, informou a AFP, citando uma fonte próxima ao movimento xiita.

Segundo a fonte, "o ataque aéreo israelense matou o comandante da Força Radwan, Ibrahim Aqil, o segundo no comando da unidade armada, atrás de Fuad Shukr", que também foi morto em um ataque israelense em julho passado.

Procurado pelo FBI

Aqil era acusado de envolvimento nos ataques com bomba à embaixada dos EUA e ao quartel dos fuzileiros navais em Beirute, em 1983. Ele estava na lista de procurados do FBI.

De acordo com o programa "Recompensas pela Justiça" dos EUA, o atentado à embaixada dos EUA em Beirute resultou na morte de 63 pessoas, enquanto o ataque ao quartel dos fuzileiros navais matou 241 militares.

Em julho de 2015, o Departamento do Tesouro dos EUA designou Aqil como "terrorista" conforme a Ordem Executiva 13582, por atuar em nome do Hezbollah. Em setembro de 2019, o Departamento de Estado o classificou como "terrorista global".

Em abril do ano passado, o Departamento de Estado dos EUA ofereceu uma recompensa de até US$ 7 milhões por informações que levassem à captura de Aqil.

O comandante também era procurado pelo judiciário libanês por sua participação na tentativa de assassinato de Shafiq al-Wazzan, ex-primeiro-ministro do Líbano, que ocupou o cargo de 1980 a 1984.

Crianças entre os mortos após ataque israelense

Pelo menos cinco crianças morreram na sexta-feira durante um ataque israelense a vários bairros residenciais de Beirute, segundo informou a Agência Nacional de Notícias do Líbano.

Relatos apontam que o ataque à área de Al Jamous ocorreu em horário de pico, causando "grandes perdas humanas".

O Ministério da Saúde do Líbano, citado pelo al Jazeera, por enquanto confirma que 14 pessoas morreram e outras 66 ficaram feridas nos ataques.