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Musk é investigado por "piada" sobre tentativa de assassinato de Biden e Kamala

A investigação começou após um comentário polêmico do empresário no X.
Musk é investigado por "piada" sobre tentativa de assassinato de Biden e KamalaGettyimages.ru / Richard Bord

O Serviço Secreto dos Estados Unidos abriu uma investigação contra Elon Musk, magnata da tecnologia e proprietário da rede social X, por supostas ameaças ao presidente Joe Biden e à candidata democrata Kamala Harris, em um comentário que fez na plataforma X, informou a Bloomberg na quinta-feira.

Musk, que conta com mais de 198 milhões de seguidores no X, postou uma mensagem após uma possível nova tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump na Flórida. Em sua publicação, ele afirmou que "ninguém está sequer tentando assassinar Biden ou Kamala", acrescentando que "ninguém tentou e ninguém tentará".

O bilionário enfrentou críticas, mas manteve o comentário por cerca de nove horas antes de excluí-lo. Contudo, a mensagem já havia sido visualizada por dezenas de milhões de usuários, incluindo agentes do Serviço Secreto, que abriu a investigação, uma vez que ameaçar o presidente ou a vice-presidente é um crime que pode resultar em pesadas multas ou até cinco anos de prisão.

Reação do Serviço Secreto

Em resposta a um pedido da Bloomberg, o Serviço Secreto afirmou que "está ciente da publicação de Elon Musk nas redes sociais" e que os registros sobre o caso foram "compilados para fins de aplicação da lei", não podendo ser divulgados para evitar interferências nos procedimentos legais.

Horas após excluir o post, Musk fez mais dois comentários, afirmando que a postagem tinha sido uma piada infeliz: "Uma lição que aprendi é que só porque você diz algo para um grupo e eles riem, não significa que será tão engraçado quanto um 'post' no X", escreveu.

Segundo a Bloomberg, Musk receberá a visita do Serviço Secreto e "terá que demonstrar que não representa uma ameaça iminente" a Biden e Harris. A agência reiterou que "investiga todas as ameaças relacionadas aos nossos protegidos".