Notícias

Lavrov: Rússia defenderá seus interesses contra OTAN no Ártico

"Nosso país está totalmente preparado para defender seus interesses em termos militares, políticos e técnico-militares", assegurou o chanceler russo, comentando as "ambições expansionistas" da OTAN no Ártico.
AnadoluGettyimages.ru

Em uma entrevista para o documentário "Avanço Soviético", o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou na quinta-feira que o país pretende proteger seus interesses no Ártico diante das "ambições expansionistas" da OTAN.

Lavrov destacou que as declarações dos países ocidentais membros do Conselho Ártico frequentemente não refletem suas ações. Segundo ele, a Rússia e outros integrantes da organização concordam que "no Ártico não há problemas que exijam qualquer atividade militar".

Na prática, observou, os membros da OTAN estão cada vez mais "direcionando seus esforços para o Ártico, alegando que, devido à sua localização geográfica, a Aliança do Atlântico Norte também possui interesses na região". Ele enfatizou que, de acordo com a lei internacional, o Ártico não é território da OTAN.

O chanceler comentou sobre o "desejo de globalização e autolegitimação" da Aliança, que se estende ao Ártico, ressaltando que a OTAN está intensificando exercícios relacionados a possíveis crises na área. "Estamos totalmente preparados para defender nossos interesses em termos militares, políticos e técnico-militares", afirmou.

Apesar das preocupações, ele destacou os sucessos da Rússia como presidente do Conselho Ártico, incluindo a adoção de uma declaração conjunta que enfatiza a necessidade de manter a região como um espaço pacífico.

Ambições da OTAN

  • Durante a entrevista, Lavrov recordou que, há alguns meses, os EUA anunciaram a expansão de sua plataforma continental sem solicitar aprovação. "Essa é mais uma tentativa de mostrar que eles estão 'acima' de todos os outros, atuando como hegemônico", disse, acrescentando que nenhum outro país apoiou essa iniciativa.
  • Na terça-feira, a Defense One informou, com base em declarações do general James Hecker, comandante da Força Aérea dos EUA na Europa e na África, que a OTAN planejava criar um centro conjunto de controle de operações aéreas no Ártico.