Israel vinha planejando há 15 anos uma operação envolvendo explosões de pagers no Líbano, segundo informações da ABC News, com base em fontes da inteligência dos Estados Unidos.
De acordo com essas fontes, o plano incluiu a criação de empresas fictícias, com a participação de agentes da inteligência israelense e seus contatos. Alguns funcionários dessas empresas não tinham conhecimento de quem realmente os empregava.
A CIA teria hesitado em adotar essa estratégia por muito tempo, devido ao alto risco que representava para civis inocentes.
Anteriormente, foi relatado que os dispositivos utilizados foram fabricados pela empresa Gold Apollo, com sede em Taiwan. A Reuters analisou imagens de pagers destruídos, cujas traseiras trazem etiquetas que batem com as da empresa. Uma fonte de alto escalão dos serviços de segurança no Líbano afirmou que o Hezbollah teria encomendado 5 mil pagers da Gold Apollo.
Entretanto, o fundador da Gold Apollo, Hsu Ching-kuang, afirmou à imprensa que os pagers usados nas explosões não foram fabricados por sua empresa, mas por outra chamada BAC Consulting, baseada em Budapeste, na Hungria, que tem licença para usar sua marca.
Já a fabricante japonesa de rádios Icom, por sua vez, informou que está investigando as alegações de que os rádios "walkie-talkies" que explodiram no Líbano seriam da sua marca. A empresa afirmou que divulgará atualizações sobre o caso em seu site assim que estiverem disponíveis.