O Parlamento Europeu reconheceu nesta quinta-feira o líder oposicionista, Edmundo González, como o "presidente legítimo" da Venezuela, um dia após a revelação de uma carta escrita por ele validando a reeleição do presidente Nicolás Maduro.
A proposta foi aprovada com o apoio do Partido Popular Europeu (PPE), dos ultraconservadores e dos Verdes, obtendo 309 votos a favor, 201 contrários e 12 abstenções.
Além disso, o Parlamento Europeu solicita que os Estados-membros reconheçam González, algo que o governo da Espanha ainda não fez, embora o Senado, dominado por conservadores, já tenha feito esse reconhecimento.
A votação desta quinta ocorreu após Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, divulgar em 18 de setembro um documento em que González reconhece a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que validou a reeleição de Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho.
Rodríguez também deu a González um prazo de 24 horas para desmentir a suposta coerção do governo venezuelano na assinatura do documento.
Esse texto foi assinado antes de 7 de setembro, data em que González deixou o país e pediu asilo político na Espanha.