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Irã reserva-se o direito de responder a ataques de Israel

A missão iraniana na ONU condenou as explosões no Líbano, classificando-as de "terrorismo", e responsabilizando Israel por aumentar as tensões na região.
Irã reserva-se o direito de responder a ataques de IsraelAP

A missão diplomática do Irã dirigiu-se na quarta-feira ao alto escalão da ONU, denunciando as explosões no Líbano, alegadamente orquestradas por Israel na terça-feira, e condenando "esse ato de sabotagem e terrorismo cometido pelo regime pária de Israel".

Comentando o ferimento do embaixador iraniano no Líbano, que foi uma das vítimas da primeira onda de detonações, a missão declarou que o Irã "acompanhará de perto" e "se reserva o direito, conforme a lei internacional, de tomar as medidas necessárias para responder a esse crime e violação odiosos".

A missão iraniana também destacou na declaração a "origem terrorista" das explosões, que, segundo ela, "visam aumentar as tensões na região e prejudicar ainda mais a paz e segurança regionais", além de "matar e causar grande sofrimento entre civis".

"É imperativo que a comunidade internacional aja rapidamente para acabar com a impunidade dos agentes do regime sionista", diz a declaração.

Explosões no Líbano

A primeira onda de detonações no país do Oriente Médio começou na terça-feira, com explosões de "pagers" (dispositivos eletrônicos de comunicação), deixando 11 mortos, incluindo duas crianças, e cerca de 4.000 feridos, entre eles o embaixador do Irã no Líbano.

Na quarta-feira, o país enfrentou uma nova onda de explosões em veículos e "walkie-talkies", causando a morte de pelo menos 20 pessoas e ferindo mais de 400.

Nesse contexto de escalada, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, comentou que seu país estava "no início de uma nova fase desta guerra".