Israel rejeita resolução da ONU sobre territórios palestinos e chama a Assembleia Geral de "teatro político"
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Oren Marmorstein, comentou nesta quarta-feira a resolução aprovada pela Assembleia Geral da ONU exigindo que Israel "acabe com sua presença ilegal no território palestino ocupado", chamando-a de "marcha da loucura".
"O teatro político, chamado de Assembleia Geral, adotou hoje uma decisão distorcida que está desconectada da realidade, incentiva o terrorismo e prejudica as possibilidades de paz. [...] É assim que é a política internacional cínica", afirmou Marmorstein.
O porta-voz israelense indicou que o país judeu rejeita "a decisão distorcida e desconectada da realidade", agradecendo aos países que "não se juntaram à marcha de loucura que ocorreu hoje em Nova York", cidade onde está localizada a sede da ONU.
Marmorstein ainda declarou que a resolução "mina as bases de qualquer tentativa de promover uma solução pacífica para o conflito", e acusou a Autoridade Palestina, que apoiou a votação, de não estar interessada em estabelecer a paz. "Israel responderá em conformidade", prometeu o porta-voz.
A resolução
A resolução foi adotada com 124 votos a favor, 14 contra e 43 abstenções. Entre os que votaram contra estavam a Argentina, o Paraguai, a Hungria, os EUA e o próprio Israel.
De acordo com o documento, Israel deve deixar os territórios ocupados dentro de 12 meses. Além disso, a resolução pede que os membros da ONU "tomem medidas para impedir a importação de produtos provenientes de assentamentos israelenses, bem como o fornecimento ou a transferência de armas, munições e equipamentos relacionados a Israel".