Sheinbaum rejeita convite de Zelensky para visitar a Ucrânia
A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, recusou na terça-feira um convite do líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, para visitar a Ucrânia após assumir o cargo em 1º de outubro.
"Eu não acho [que irei à Ucrânia]. Nós, repito, estamos baseados em política externa, princípios constitucionais", afirmou Sheinbaum em coletiva de imprensa. "Participaremos de alguns eventos internacionais que consideramos importantes, mas não viajaremos com frequência. Nossa responsabilidade está aqui", destacou.
Sheinbaum, do mesmo partido do atual presidente Andrés Manuel López Obrador, reiterou que manterá a postura de não intervenção em assuntos de outros países, seguindo a política da atual administração.
Ela também defendeu a resolução pacífica de conflitos e afirmou que o México manterá relações diplomáticas com todos os países que respeitam o país.
Na semana anterior, em entrevista ao jornal mexicano Excélsior, Zelensky prometeu enviar um representante de alto nível para a posse de Sheinbaum e expressou o desejo de estabelecer "relações justas" com o novo governo mexicano. "Respeitamos o seu país e esperamos que o México, oficialmente, venha nos visitar", solicitou Zelensky.
Críticas de Zelensky ao presidente do Brasil
Por sua vez, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reafirmou na segunda-feira a intenção do Brasil de manter relações diplomáticas com todas as nações.
"O Brasil nunca teve uma relação tão ampla quanto a que tem hoje. Não temos nada contra nenhum país. Não temos nada contra os Estados Unidos, mas somos soberanos. Não temos nada contra a China, mas somos soberanos. O Brasil quer estar com a China, com a Índia, com os EUA, com a Venezuela, com a Argentina. O Brasil quer estar com todo mundo, agora, de forma soberana. De forma respeitável, porque nós não aceitamos ser menores do que ninguém", afirmou Lula.
Além disso, Lula respondeu às críticas de Zelensky sobre a neutralidade do Brasil em relação ao conflito Rússia-Ucrânia.
"Aqueles que querem conversar agora conosco poderiam ter conversado conosco antes de começar a guerra", disse o presidente.