Durante uma entrevista à CNN, o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou que a única coisa que o presidente russo, Vladimir Putin, "temia" era "sua própria sociedade, o povo russo".
Segundo Zelensky, "se o povo russo estiver em perigo, se não tiver uma vida confortável, se viver sem energia (...), eles entenderão o custo da guerra e não ficarão satisfeitos com isso. E, então, começarão a pressionar Putin".
Dessa forma, acrescentou que Putin só estaria disposto a negociar se os cidadãos russos fossem privados de conforto e segurança.
Termos de negociações
A Rússia já declarou diversas vezes sua disposição para negociar o fim das hostilidades. Em junho deste ano, o presidente russo listou as condições de sua proposta de paz, que incluem a retirada das tropas ucranianas das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, bem como das províncias de Zaporozhie e Kherson, que se tornaram parte da Rússia após referendos em 2022.
O presidente russo também ressaltou a necessidade de reconhecer esses territórios, juntamente com a Crimeia e Sevastopol, como parte da Federação Russa. Além disso, exigiu garantias de neutralidade, não alinhamento, desnuclearização, desmilitarização e "desnazificação" da Ucrânia. No entanto, Kiev ignorou essas condições.