Durante reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokaev, afirmou que “a Rússia é invencível em termos militares” e advertiu que uma nova escalada da guerra poderia ter “consequências irreparáveis para toda a humanidade e, acima de tudo, para todos os países diretamente envolvidos no conflito russo-ucraniano”, conforme noticiado pela mídia local.
Tokaev também destacou a importância da “cooperação no âmbito de parceria e aliança estratégicas” entre o Cazaquistão e a Rússia. Ele observou que “uma boa chance de pelo menos um armistício foi perdida com a recusa em concluir o Acordo de Istambul”, mas afirmou que “a oportunidade de alcançar a paz ainda existe”.
A reunião marcou a primeira visita do chanceler alemão ao Cazaquistão em 14 anos, e Tokaev a classificou como “histórica”, sublinhando o papel principal da Alemanha entre os parceiros europeus do seu Estado.
Proposta de Paz
Durante o encontro, Tokaev apoiou a iniciativa de paz sino-brasileira, que havia sido criticada pelo líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, como “destrutiva” e “apenas uma declaração política”. A proposta, feita no final de maio, promove negociações como a única solução para a crise ucraniana e defende a realização de uma conferência internacional de paz “reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia”.
Tokaev observou que “é necessário considerar cuidadosamente todas as iniciativas de paz de vários países e chegar a uma decisão de parar as hostilidades e, em seguida, passar a discutir as questões territoriais”.