Kremlin comenta sobre a aparente nova tentativa de assassinato contra Trump

O porta-voz da presidência russa observou que a possível ligação de Ryan Wesley Routh com a Ucrânia "deve ser uma grande preocupação e uma dor de cabeça para as agências de inteligência dos EUA".

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, comentou nesta segunda-feira durante uma coletiva de imprensa sobre a possível nova tentativa de assassinato contra Donald Trump no domingo em seu clube de golfe em West Palm Beach, Flórida.

O funcionário de alto escalão enfatizou que esse não é um assunto de Moscou e que as autoridades russas estão apenas acompanhando as informações vindas de Washington.

Ao mesmo tempo, Peskov observou que os relatórios sobre as possíveis ligações do suspeito do ataque, Ryan Wesley Routh, com a Ucrânia devem ser "uma dor de cabeça" para as agências de inteligência dos EUA.

"Aqui não somos nós que devemos pensar, mas os serviços especiais dos EUA", reiterou aos repórteres. "De qualquer forma, brincar com fogo tem suas consequências, então isso deve ser uma grande preocupação e uma dor de cabeça para os serviços especiais dos EUA em primeiro lugar", concluiu Peskov.

"Vemos como a situação está tensa lá [nos EUA], inclusive entre rivais políticos. A luta política está se intensificando. Os mais diferentes métodos estão sendo usados, estamos observando de perto", acrescentou o porta-voz, enfatizando que Moscou  "nunca interfere nisso de forma alguma e não está interferindo agora".

"Obcecado com a Ucrania"

A congressista republicana Marjorie Taylor Greene publicou uma série de capturas de tela das contas de mídia social do suspeito do incidente, observando que o homem "é obcecado pela guerra na Ucrânia". Greene também lembrou que Donald Trump disse "repetidamente" que acabará com o conflito ucraniano.

"Ryan Routh postou um número de telefone e endereço de e-mail em praticamente todas as mensagens. É uma pescaria probatória completa - para quem ele trabalha?", questionou.