Ex-assessora de Biden: RT expõe que a OTAN está usando Ucrânia em sua "guerra por procuração" contra a Rússia

Os EUA impuseram sanções contra a RT porque a rede de notícias mostrou que os países ocidentais estão usando a Ucrânia como um método de guerra por procuração contra a Rússia, disse Tara Reade, ex-assessora do presidente Joe Biden e funcionária da RT, neste sábado. 

"A verdade é que esta é uma guerra 'por procuração' que os Estados Unidos e a OTAN estão travando contra a Rússia através da Ucrânia", disse Reade à RT em uma entrevista. "Trata-se de destituir a Ucrânia de seus recursos", acrescentou.

Na sexta-feira, Washington anunciou um novo pacote de sanções contra a RT. James Rubin, enviado especial e coordenador do Centro de Engajamento Global do Departamento de Estado dos EUA, acusou a organização de notícias de minar o apoio a Kiev em nível global.

Entretanto, de acordo com Reade, tais acusações apenas aumentam a reputação da RT como uma "corporação de mídia jornalística realmente boa" que atinge seu público de forma eficaz. 

Na mesma linha, a especialista argumentou que o esforço para silenciar o meio de comunicação "indica que ele representa uma ameaça à narrativa do complexo militar-industrial e da comunidade de inteligência" no Ocidente.

"Eles estão tentando criminalizar o jornalismo", continuou Reade. "É realmente assustador e espero que todos os jornalistas prestem atenção. Porque pode ser a RT esta semana, mas também pode ser qualquer outro meio de comunicação que não se mantenha firme da próxima vez", acrescentou.

"Parece desespero"

Com suas ações, Washington está "tentando criminalizar o pensamento" em uma tentativa de "desviar a mensagem até o seu ponto de vista e silenciar as vozes internacionais”, acrescentou. "Isso não tem precedentes. (..) Eles estão tentando controlar e consolidar seu poder. E eles estão perdendo seu poder. Para mim, isso parece desespero", enfatizou.

• Na sexta-feira, Washington acusou a RT de ter, supostamente, vínculos com serviços de inteligência da Rússia. James Rubin, funcionário de alto escalão do Departamento de Estado norte-americano, anunciou que as novas sanções serão "as mais duras possíveis", e que terão um caráter de "bloqueio completo".
• "Pedimos a todos os aliados, a todos os parceiros, que tratem a RT como atividades de inteligência", disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, acrescentando que Washington "promoverá a liberdade de imprensa, mas não ficará de braços cruzados com a RT e outros disfarces".