China responde à insatisfação de Zelensky com o plano de paz sino-brasileiro

A China destacou que o projeto de Pequim e Brasília "recebeu respostas positivas de mais de 110 países até agora".

As autoridades chinesas continuarão a promover a resolução da crise na Ucrânia com base na proposta de paz sino-brasileira, sobre a qual o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, recentemente demonstrou insatisfação, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, durante uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

"Em relação à crise ucraniana, incluindo o consenso de seis pontos, a China sempre manteve uma comunicação próxima com a parte ucraniana. Continuaremos a promover a paz, o diálogo e a desempenhar um papel construtivo na solução política da crise ucraniana", declarou Mao.

A porta-voz também lembrou que a proposta feita por China e Brasil "foca na necessidade urgente de esfriar a situação", com o objetivo de reduzir a escalada do conflito, evitar o risco de expansão, alcançar um cessar-fogo, proteger as cadeias de suprimento globais, aumentar a ajuda humanitária e evitar o uso de armas nucleares.

A diplomata destacou que o projeto "recebeu até agora respostas positivas de mais de 110 países, alinhando-se às expectativas da comunidade internacional".

Durante uma entrevista exclusiva concedida ao portal brasileiro Metrópoles, no início desta semana, Zelensky denunciou a proposta como "destrutiva", afirmando tratar-se meramente de uma "declaração política".

"A proposta sino-brasileira também é destrutiva, é apenas uma declaração política", disse o líder do regime de Kiev. "Como podem oferecer 'aqui está nossa iniciativa' sem nos consultar?", questionou, sugerindo que Brasil e China teriam discutido a proposta com a Rússia previamente.