Soldados e policiais jamaicanos se juntam à missão da ONU para combater gangues no Haiti
Pelo menos duas dúzias de soldados e policiais jamaicanos se juntaram a uma missão da ONU na quinta-feira para ajudar a combater gangues armadas no Haiti que estão controlando várias áreas importantes do país caribenho, informou nesta sexta-feita a agência AP.
Os agentes chegam para apoiar as tropas quenianas que estão no território haitiano desde o final de junho, como parte da missão aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU em 2023 para enfrentar os grupos criminosos.
O contingente jamaicano é composto por 20 soldados e quatro policiais, que fornecerão comando, planejamento e apoio logístico. Os soldados trabalharão ao lado do exército e da polícia haitianos para enfrentar a crise de segurança e o controle de gangues em 80% de Porto Príncipe, capital do país.
Inicialmente, as autoridades jamaicanas prometeram enviar 170 soldados e 30 policiais ao Haiti, mas o primeiro-ministro Andrew Holness informou que não era possível enviar todos ao mesmo tempo.
Situação "apocalíptica" no Haiti
Apesar das tropas estrangeiras na ilha, a situação de segurança no Haiti ainda é grave.
De acordo com a agência, os EUA advertiram para a falta de recursos no contigente queniano. Desta forma, consideram necessário criar uma missão de paz da ONU para obter mais dinheiro, efetivos e substituir as tropas uniformizadas que estão no Haiti.
A ideia da missão atual é apoiar as forças de segurança haitianas com 2.500 soldados. Países como Bahamas, Bangladesh, Barbados, Benin e Chade também se comprometeram a enviar policiais e soldados, mas ainda não se sabe quando o farão.
Em abril deste ano, o principal especialista em direitos humanos da agência no país caribenho, William O'Neil, afirmou que o nível de intensidade e crueldade da violência é "simplesmente sem precedentes em minha experiência no Haiti", descrevendo a situaçao como "apocalípticа".