Durante sua participação em um programa de podcast na quinta-feira, James Vance, candidato à vice-presidência dos EUA na chapa de Donald Trump, compartilhou alguns detalhes sobre o plano de paz do republicano para o conflito na Ucrânia.
A proposta gira em torno, principalmente, da criação de uma zona desmilitarizada "fortemente reforçada, para que a Rússia não invada novamente", nas regiões onde estão havendo conflitos. Também deveria ser assegurado, aos russos, que Kiev não vai integrar a OTAN "ou outros tipos de instituições aliadas".
O vice de Trump também destacou a importância do diálogo, observando que tanto a Rússia, como a Ucrânia, como a Europa, que sente duramente os impactos do conflito em razão dos preços de energia, querem que ela chegue a um fim.
Ele argumenta que mesmo que todos queiram um fim para o conflito, ele se estende graças à incompetência do presidente norte-americano, Joe Biden, e sua vice Kamala Harris, que pensam que o o "problema" será resolvido simplesmente "jogando dinheiro na Ucrânia", mesmo que o país eslavo já tenha demonstrado que não há como vencer o conflito.
Vance também defendeu que a reconstrução da Ucrânia deve ser financiada principalmente pela Alemanha e outros países da União Europeia, apontados como os principais apoiadores dos esforços de Kiev.
"Acho que, no final das contas, é assim que [o plano] se parece", disse, porque "eles têm medo dele [Trump] na Rússia. Eles estão preocupados com ele na Europa, porque ele realmente fala sério".
Em outro momento do programa, Vance disse que estava "cansado de desperdiçar vidas americanas sendo o policial do mundo", e chamou a atual política dos EUA em relação à Rússia de "estúpida".
- A Rússia já declarou a neutralidade ucraniana como um de seus principais objetivos. Enquanto isso, Kiev descartou quaisquer diálogos que não forem baseados na "fórmula de paz" de Vladimir Zelensky - uma lista de exigências consideradas fora da realidade por Moscou.