Telegram começa a responder a pedidos judiciais após prisão de seu CEO, diz imprensa francesa

O serviço de mensagens "tem demonstrado maior disposição para cooperar com o sistema judiciário", informou o promotor federal belga.

Após a prisão do CEO do Telegram, Pavel Durov, a plataforma começou a responder às solicitações dos investigadores franceses, informou a mídia local Libération na terça-feira.

Segundo o veículo, a equipe do Telegram atendeu a pedidos da Polícia Francesa para Menores e da Gendarmaria Nacional em diversas investigações criminais, fornecendo informações necessárias para identificar suspeitos em casos de pedofilia.

Ainda de acordo com a publicação, a prisão de Durov foi o principal motivo para a mudança na política de privacidade da plataforma em relação a casos de compartilhamento e produção de conteúdo explícito envolvendo menores.

"A porta está realmente se abrindo", disse Johanna Brousse, chefe do departamento de crimes cibernéticos da promotoria de Paris.

Anteriormente, a promotora de Paris, Laure Beccuau, havia confirmado que o Telegram foi alvo de atenção dos investigadores por não responder a pedidos de identificação de cibercriminosos atuando na plataforma, especialmente relacionados à pornografia infantil.

No entanto, Beccuau destacou que Durov — que foi colocado sob supervisão judicial, com fiança de cinco milhões de euros (aproximadamente R$ 32 milhões) e proibido de deixar a França — está cooperando "perfeitamente" com as autoridades e cumprindo todas as exigências da justiça.