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Rússia: EUA têm que impedir Ucrânia de recrutar terroristas

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, pediu que os EUA impeçam a Ucrânia de buscar apoio de grupos terroristas estrangeiros, alertando para possíveis consequências perigosas, caso essas ações não sejam contidas.
Rússia: EUA têm que impedir Ucrânia de recrutar terroristasLegion-media.ru / Handout

Os EUA devem impedir a Ucrânia de buscar apoio de terroristas estrangeiros, afirmou Sergey Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, em entrevista à RT nesta quarta-feira.

A declaração foi feita durante o Fórum de Segurança do BRICS em São Petersburgo, quando Ryabkov foi questionado sobre relatos de que autoridades ucranianas estariam em contato com líderes do grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS).

O diplomata russo afirmou que Moscou não discutiu o assunto diretamente com Washington, devido à limitação dos contatos entre os países, mas sugeriu que os EUA tomem medidas por conta própria, sem necessidade de estímulo russo.

Segundo Ryabkov, os EUA devem exigir que a Ucrânia cesse essas atividades, caso contrário, mais ações perigosas poderão ocorrer nas fronteiras da Rússia.

Ele ressaltou que Moscou vê Washington como o principal responsável pelas ações de Kiev, pois considera que os EUA têm total controle sobre o governo ucraniano. O diplomata alertou ainda que a escalada do conflito na Ucrânia pode acabar mal para os norte-americanos.

O diplomata ainda criticou a postura dos EUA, que, segundo ele, vivem na ilusão de que a Rússia, uma potência nuclear, pode ser derrotada militarmente. Ele enfatizou que os norte-americanos, junto com seus aliados ocidentais, se recusam a reconhecer a dura realidade de que a situação é contrária ao que acreditam.

Contatos com terroristas

A mídia turca revelou nesta semana que autoridades ucranianas tiveram uma reunião secreta com líderes do Hayat Tahrir al-Sham, na província de Idlib, Síria.

Na reunião, a Ucrânia teria oferecido drones em troca da libertação de militantes radicais chechenos e georgianos, que seriam enviados para combater a Rússia.

Além disso, agentes da inteligência ucraniana já haviam se vangloriado de ajudar um grupo militante em Mali a emboscar e matar combatentes russos da empresa militar privada Wagner. O grupo terrorista Jama'at Nasr al-Islam wal-Muslimin, afiliado à al-Qaeda, também alegou ter participado dessa emboscada.