O Instituto de Estatística e Censo da cidade de Buenos Aires, Argentina, publicou novos números sobre os estratos sociais, detalhando que, para não ser considerada pobre, uma família precisava de uma renda de 966.228 pesos (cerca de R$ 5.500) em agosto.
O número representa um aumento em relação ao mês anterior, quando eram necessários 929.845 pesos (cerca de R$ 5.300). Em comparação com setembro do ano passado, a renda necessária é quase 3,5 vezes maior, já que naquele mês o total da cesta básica - que marca a linha de pobreza - foi de 282.453 pesos (cerca de R$ 1.600).
A linha de indigência, associada à situação de extrema pobreza, ficou em 536.493 pesos (R$ 3.000), o que é mais alto do que em julho deste ano.
Por outro lado, para um cidadão ser considerado de classe média, foram necessários pelo menos 1.501.818 pesos (cerca de R$ 8.600) no mês passado.
Mais da metade do país é pobre
De acordo com o Observatório da Dívida Social Argentina da Universidade Católica Argentina, a pobreza no país atingiu 52% da população no primeiro semestre do ano, enquanto a indigência chegou a 17,9%.
Esse nível de pobreza, o mais alto desde 2004, é uma média entre o primeiro trimestre (55,5%) e o segundo trimestre (49,4%).
De acordo com o estudo, a pobreza e a indigência durante o segundo trimestre diminuíram em relação ao primeiro "devido à queda da inflação juntamente com o aumento dos salários dos empregados formais no setor privado, embora isso não tenha sido replicado entre os trabalhadores dos setores público e informal".