Peru promete proteger arqueólogos da cidade mais antiga das Américas contra ameaças criminosas

A diretora da Zona Arqueológica de Caral, Ruth Shady, denunciou que ela e sua equipe "não têm segurança" contra as ameaças de morte de traficantes de terra da região.

O governo peruano se comprometeu na terça-feira a garantir a segurança da equipe de arqueólogos da cidade de Caral, a mais antiga das Américas, diante de ameaças de criminosos.

Em uma reunião com a diretora da Zona Arqueológica de Caral, Ruth Shady, o ministro da Cultura, Fabricio Valencia, garantiu proteção a ela e ao restante dos especialistas, bem como a preservação do local.

"Oferecemos nosso apoio e suporte diante das ameaças que receberam. Tomaremos medidas imediatas, com o apoio dos diferentes setores do Estado, para buscar uma solução no mais alto nível. Nossa prioridade é encontrar uma solução para essa questão", disse Valencia.

Há vários dias, Shady denuncia ameaças de morte de traficantes de terras que operam no Vale do Supe, localizado na província de Barranca, ao norte da região de Lima.

"Tínhamos a polícia para impedir o tráfico de terras em Caral. Mas agora eles nos deixaram sem um policial sequer. Não temos ninguém. Não temos segurança. É uma grande preocupação", disse a especialista na semana passada.