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Ucrânia perde esperanças de vencer a Rússia - The Washington Post

Segundo o artigo, publicado pelo The Washington Post, "é difícil ignorar a sensação de desespero nos corredores do poder na Ucrânia".
Ucrânia perde esperanças de vencer a Rússia - The Washington PostGettyimages.ru / Drew Angerer / Staff

Quase dois anos após a Rússia começar a operação especial militar na Ucrânia, as autoridades de Kiev estão pedindo "mais armas, mais ajuda e mais compromissos políticos" para seus parceiros ocidentais. Isso motivou o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, a realizar uma viagem pelas capitais ocidentais no final do ano passado, em meio ao crescente "cansaço internacional com o conflito", informou o The Washington Post na terça-feira. 

Em declarações recentes, Valery Zaluzhny, comandante ucraniano, reconheceu o "impasse" e admitiu que a esperada contraofensiva ucraniana em 2023 não conseguir fazer progressos estratégicos contra as linhas defensivas russas.

As autoridades dos Estados Unidos e seus homólogos ocidentais esperam um "ano de vacas magras" pela frente, e preveem que as forças cada vez mais exaustas da Ucrânia se concentrarão mais na defesa do que em uma ofensiva com objetivo de recuperar as terras tomadas pela Rússia, informa o jornal.

Na semana passada, as autoridades do Pentágono compareceram de "mãos vazias" a uma reunião mensal de coordenação de 50 nações para a Ucrânia, em um momento em que muitas das unidades de Kiev estão ficando sem munição e projéteis de artilharia.

"Embora a primeira metade de 2024 possa trazer poucas mudanças no controle do território ucraniano, o material, o treinamento de pessoal e as baixas que cada lado pode ter nos próximos meses determinarão a trajetória de longo prazo do conflito", explicou Jack Watling, pesquisador sênior do Royal United Services Institute, citado pelo jornal.

Segundo Watling, "o Ocidente, de fato, enfrenta uma escolha crucial neste momento: apoiar a Ucrânia para que seus líderes possam defender seu território e se preparar para uma ofensiva em 2025 ou ceder uma vantagem irrecuperável à Rússia."