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Rússia questiona a relevância do debate presidencial nos EUA

"Mais uma vez, vemos um show realizado por pessoas que obviamente não são responsáveis por suas palavras, de forma nenhuma, nunca".
Rússia questiona a relevância do debate presidencial nos EUAAP

Em uma entrevista com a mídia russa na quarta-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia comparou o debate de Kamala Harris e Donald Trump com uma luta a bordo do Titanic, quando não é importante quem vence já que o destino é decidido.

"Isso faz alguma diferença? Temos só 15 minutos antes do iceberg", observou Zakharova. De acordo com ela, "os EUA estão caminhando para catástrofe"

O debate em si, segundo a porta-voz, foi uma mistura de "fantasias sobre o futuro" e citação de alguns fatos do passado. "As pessoas falam o que propriamente refutam logo. (...) Mais uma vez, vemos um show realizado por pessoas que obviamente não são responsáveis por suas palavras, de forma nenhuma, nunca", comentou a porta voz da chancelaria russa os discursos dos candidatos presodenciais norte-americanos.

Referência à Rússia

Também na manhã desta quarta-feira, o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, observou que Trump e Harris usaram a Rússia, em particular, o nome do presidente Putin como "uma das ferramentas do confronto político interno" nos EUA.

"Esperamos que eles deixem o nome do nosso presidente em paz. O resto só depende dos eleitores americanos", sublinhou ele.

Peskov também explicou que as autoridades russas não assistiram ao debate ao vivo, devido à diferença horária. Contudo, referindo-se às informações sobre o debate, ele declarou que era claro que "independentemente do partido ao qual os candidatos pertencem, eles geralmente mantêm uma atitude negativa e hostil em relação ao nosso país."

  • Na terça-feira, nos Estados Unidos foi realizado o primeiro debate entre o ex-presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris, que são respetivamente candidatos dos partidos Republicano e Democrata nas próximas eleições de novembro para o comando dos EUA.