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Israel quer que políticos dos EUA pressionem a África do Sul a desistir do caso sobre genocídio em Haia

As revelações foram feitas pela mídia norte-americana, que obteve acesso a um telegrama confidencial enviado pela chancelaria do país judeu.
Israel quer que políticos dos EUA pressionem a África do Sul a desistir do caso sobre genocídio em HaiaAP / Evan Vucci

Israel está pedindo a membros do Congresso dos EUA que pressionem a África do Sul para desistir do caso de genocídio na Corte Internacional da Justiça (CIJ) das Nações Unidas, relatou a Axios na segunda-feira, após ter obtido acesso a um documento do Ministério das Relações Exteriores do país judeu.

De acordo com o veículo, a chancelaria israelense enviou, na segunda-feira, um telegrama confidencial à sua Embaixada em Washington DC e a todos os consulados no país norte-americano. O assunto era o caso internacional contra Tel Aviv e suas alegadas violações à Convenção do Genocídio durante a guerra no enclave palestino.

"Pedimos que você trabalhe imediatamente com legisladores nos níveis federal e estadual, com governadores e organizações judaicas para pressionar a África do Sul a mudar a sua política em relação a Israel e deixar claro que a continuação das suas ações atuais, como o apoio ao Hamas e a promoção de movimentos anti-Israel nos tribunais internacionais, terá um preço elevado", lê-se no texto.

Nesse sentido, os diplomatas israelenses deveriam pedir aos membros do Congresso que emitam declarações públicas condenando as ações da África do Sul contra Israel e ameaçando que isso poderia levar à suspensão das relações comerciais entre Washington e Pretória.

Da mesma forma, querem que exortem o novo Governo da nação africana a procurar o diálogo com o país hebreu "em vez de boicotes e punições".

  • Em 29 de dezembro de 2023, a África do Sul apresentou uma solicitação para iniciar um processo contra Israel na CIJ em Haia em relação aos seus atos "genocidas" na Faixa de Gaza.