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Maduro acusa Espanha de proteger venezuelanos foragidos

Nicolás Maduro acusou a Espanha de abrigar venezuelanos acusados de crimes graves. Segundo Maduro, Madri se tornou um refúgio para terroristas e fascistas, traçando um paralelo com época da ditadura de Francisco Franco.
Maduro acusa Espanha de proteger venezuelanos foragidosAP / Matias Delacroix

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou duramente a recepção que o governo espanhol tem dado a cidadãos venezuelanos procurados pela justiça de seu país.

Maduro afirmou que, desde a era do ditador espanhol Francisco Franco (1939-1975), Madri teria se transformado na "metrópole neofascista da Europa". Segundo ele, atualmente, a capital espanhola "se tornou o refúgio de todos os terroristas, corruptos e fascistas que existem na Venezuela".

O presidente mencionou figuras específicas, como o ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, apelidado por Maduro de "El Vampiro". Em uma analogia com o folclore venezuelano, comparou María Corina Machado à personagem "La Sayona" e criticou duramente Leopoldo López, a quem chamou de "sociopata conhecido e reconhecido", afirmando que López estaria envolvido em conspirações, atentados a bomba e assassinatos.

Além disso, o líder venezuelano acusou o governo espanhol de proteger um indivíduo que teria sido responsável por atear fogo e matar uma pessoa durante um protesto na Venezuela em 2017, embora já houvesse um pedido formal de extradição por parte das autoridades venezuelanas.

Maduro ainda questionou a influência do fascismo na política espanhola, afirmando que "parece que o fascismo tem o poder político de subjugar e manipular, mantendo Madri como a metrópole neofascista da Europa".

Para reforçar suas críticas, o presidente exibiu durante sua fala um livro do professor espanhol Pablo del Hierro, intitulado Madrid: Metrópoli Neofascista. Vidas secretas, rutas de escape, negocios oscuros y violencia política (1939-1982).