Apple não consegue rivalizar com Huawei ao apresentar tecnologias do iPhone 16 ao mercado chinês
Consumidores chineses não estão impressionados com os novos recursos apresentados pela Apple com o anúncio do iPhone 16, revelou nesta terça-feira o South China Morning Post.
De acordo com o jornal, a principal reclamação do mercado da China é em relação à indisponibilidade do mandarim nos novos recursos apresentados pela Apple com o novo smartphone, enfatizando a concorrência com a Huawei, que, horas depois do anúncio do iPhone 16, apresentou seu novo smartphone, o Mate XT Ultimate Design, o primeiro aparelho triplamente dobrável do mundo.
Apesar da Apple ter prometido a disponibilidade do idioma para o próximo ano, a mídia destacou as dúvidas que surgem em relação à promessa da gigante norte-americana de tecnologia em disponibilizar o recurso para a China continental, explicando que o sistema de IA implementado pela Apple faz uso de modelos GPT da OpenAI, que não está disponível em território chinês.
Vantagem da tecnologia chinesa de IA
Um analista sênior da empresa de pesquisa de mercado tecnológico Counterpoint Research, citado pela mídia, explica que a procura pelo iPhone 16 na China deve vir majoritariamente de usuários que já usam os smartphones da Apple, na medida em que o lançamento da tecnologia da empresa norte-americana em mandarim atrasará, ao mesmo tempo que não consegue rivalizar com a tecnologia oferecida chinesa.
"A Inteligência [Artificial] da Apple não mostra uma clara vantagem sobre as funções de IA oferecidas pelas empresas chinesas também, então o impacto da IA será limitado para o iPhone", apontou.
Queda de vendas no mercado chinês
Em julho, a imprensa chinesa divulgou que a Apple ficou de fora das cinco principais fornecedores de smartphones no mercado do gigante asiático no segundo trimestre, sendo superado por marcas domésticas.
A empresa norte-americana também ficou de fora do top 5 de celulares mais vendidos na América Latina no primeiro semestre de 2024, segundo apuração da mídia especializada. O período foi marcado por um grande protagonismo da chinesa Xiaomi, que ao crescer 35%, ultrapassou a Motorola e consolidou sua posição como a segunda marca mais vendida na região.