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Chanceler venezuelano acusa os EUA de anunciarem um golpe de Estado na Venezula

Yván Gil comentou a postagem de Antony Blinken na rede social X, na qual o secretário de Estado norte-americano mais uma vez questionou a vitória de Nicolás Maduro.
Chanceler venezuelano acusa os EUA de anunciarem um golpe de Estado na VenezulaGettyimages.ru / Anadolu

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, acusou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, de ter tido a intenção de anunciar, por meio das redes sociais e de forma "grosseira e vulgar", um golpe de Estado no país sul-americano.

"Seus planos foram destruídos pelo voto e pela unidade e mobilização cívico-militar-policial", disse Gil, referindo-se a uma postagem de Blinken no X, o qual acusou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seus representantes de reprimir e prender pessoas, apelando para que "os impeçam de se agarrar ao poder pela força".

"Nestes tempos, nós, bolivarianos, fazemos poeira cósmica da Doutrina Monroe. A vitória é nossa, Sr. Blinken, aceite-a", insistiu Gil. Em sua mensagem, Blinken reiterou a posição de Washington de que o vencedor das eleições foi o ex-candidato Edmundo González, que ele descreveu como "a melhor esperança para a democracia".

Anteriormente, Gil já tinha denunciado que cada comunicado das autoridades norte-americanas, financiado por "lobbies corruptos", tem por objetivo "alimentar uma rede de mentiras" contra o Estado venezuelano.

Contexto político

  • Em 29 de julho de 2024, Nicolás Maduro foi declarado vencedor da eleição presidencial na Venezuela;
  • A vitória eleitoral de Nicolás Maduro permite-lhe seguir seu mandato presidencial de 2025 a 2031, sendo apoiada por 5.150.092 eleitores. Este número representa 51,20% dos resultados validados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mas foi rejeitada pela oposição venezuelana, apoiada por alguns países;
  • No início de agosto, investigações foram iniciadas contra González (o ex-candidato presidencial) e Machado (líder da oposição no país);
  • Em 7 de setembro, Gonzalez fugiu da Venezuela para Madri, na Espanha, onde buscou asilo político.