"Creio que agora está na hora de discutir como atingir a paz desse estado de guerra, de fato em um ritmo mais rápido", declarou o chanceler alemão, Olaf Scholz, ao comentar sobre o conflito ucraniano durante uma entrevista à ZDF no domingo. Ao veículo, Scholz também afirmou que "deve haver outra conferência de paz, na qual a Rússia também estará presente".
Apesar de sua relutância inicial em fornecer ajuda militar à Ucrânia, Berlim se tornou um dos principais apoiadores de Kiev no conflito, fornecendo aos militares ucranianos uma variedade de equipamentos, incluindo os tanques de batalha Leopard 1 e 2, bem como veículos de combate de infantaria Marder. Agora, contudo, o chanceler do país, que enfrenta problemas domésticos e diminuição em seus índices de popularidade, faz um apelo ao fim das hostilidades.
Fracassos de Olaf Scholz
De acordo com o levantamento da ZDF, o chanceler alemão tem contado com menos apoio nos últimos tempos, com 77% de entrevistados indicando que ele era um líder fraco e 74% apontando que ele não devia representar seu partido nas eleições do próximo ano.
A coalizão governista de Scholz sofreu fracassos preocupantes durante as eleições regionais na semana passada, apresentando desempenhos ruins na Turíngia e na Saxônia. As duas principais regiões foram marcadas pelo bons resultados do Alternative für Deutschland (AfD), de direita nacionalista, e da recém-formada Bündnis Sahra Wagenknecht (BSW), populista de esquerda.
Ambos os partidos, apesar de estarem em lados opostos do espectro político, opõem-se ao envolvimento duradouro da Alemanha no conflito na Ucrânia, à imigração em massa e às dificuldades econômicas atribuídas ao governo Scholz.